Carta para Regina Olveira, que veio do Rio de Janeiro

Uma carta para Regina Oliveira, que veio do Rio de Janeiro e abençoou nossas vidas em 1984 e 1985, conforme descrito em meu post anterior. Um tiro no escuro. Por favor, responda!

Oi, Regina, meu bem,

Recebi sua última carta em 1991, aquela que continha teu novo endereço. Mas no dia seguinte, um incêndio nos queimou de nossa casa. De tudo o que te dizia respeito, apenas uma foto, duas cartas de 1986 e o cartão postal de Jesus Redentor sobreviveram. Eles estavam em uma gaveta em uma parte diferente da casa. Depois disso, não consegui mais encontrá-te.

Ainda hoje ês da minha alma.

Mas sei que as visitações não duram para sempre. Seis segundos era mais do que eu merecia. Seis anos foi uma grande misericórdia.

Como estás? Como tens estado?

Recordo de tua diversão inicial com o nome de minha esposa. Ela ainda é minha esposa, em parte por causa de teu amor por nós. Às vezes ainda brincamos que a ‘janela’ dela está aberta!

Obrigado por ficar em uma cidade que odiavas por tempo suficiente para nos ajudar a superar nosso desastre!

Lembro-me tua paciência comigo.

Também recordo que, embora odiasses o Kansas, amavas a neve! Tu nunca tinhas visto isso nos trópicos. Janeiro de 1985 estava nevado. Recordo vividamente de nossa luta de bolas de neve após a segunda nevasca daquele mês. Esse foi o último mês realmente nevado nesta parte do Kansas, até o presente. Quase não nevou no Kansas desde então. Não como antes. Tu saiste do Kansas e levaste a neve que amavas contigo?

Tu ficarás satisfeito em saber que, embora nem todos os nossos filhos nos reivindiquem mais, todos os quatro conhecem o teu Senhor e o nosso. Elnathan, que conhecias, está agora em sua presença. Os outros estão indo bem. Temos cinco netos.

E teves sucessores dignos. Deus nunca nos deixou sem pessoas que nos apoiassem. Mas, exceto pelos pais de minha esposa, nunca houve nenhum em tua liga. Não até recentemente, quando uma amiga começou um terremoto – para o bem – em minha vida que estava muito em tua liga! Talvez seja por isso que estou escrevendo para ti agora, embora não saiba como encontrá-te há 33 anos. Ela me lembra de ti. Muito.

Desde a última vez que te vi, lutei contra muitos moinhos de vento, mas nunca fui em busca de Dulcinéia. A vida de uma pessoa importante, uma pessoa que os outros não simplesmente ignorariam, sempre me iludiu. Exactamente como sabias que seria. Isso não é o que importa. Obrigado novamente por prestar atenção quando precisávamos.

Outros pensarão que escrever esta carta é inútil. Mas meu coração suspeita que tu já sabes o que estou escrevendo, antes de escrevê-lo. Se assim for, não é inútil.

É irreverente chama um anjo por ‘tu’?


Publicado pela primeira vez no Facebook em 8 de agosto de 2024

The Story of Regina, explains the background of this letter in English.

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